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Promare: show, don’t tell
Promare foi um anime que me fez apaixonar por ele na sua simplicidade, tema, animação, roteiro, estética, etc. Tudo isso me fez amar, não só a obra, como também o diretor Hiroyuki Imaishi, o roteirista Nakashima Kazuki e o estúdio Trigger. Para mim, quando amamos algo ou alguém, o seu valor se torna muito alto. A minha forma de dizer que Promare é incrível por eu amá-lo, é falando sobre a sua forma de passar algo a quem assiste sem ter que dizer diretamente. “Show, don’t tell” ou “mostre, não fale” é um termo usado no cinema para designar a forma pela qual uma obra audiovisual passa ao espectador uma…
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A fórmula shounen – os elementos de um dos géneros mais populares
Este mês trazemos-vos uma publicação que tem estado planeada há algum tempo. Nela, discutimos os elementos que caracterizam um anime ou mangá do género shounen, dando alguns exemplos de como a execução desses elementos pode afetar a narrativa geral que está a ser transmitida. Como sempre, fiquem seguros e sintam-se em casa ;)
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Meritocracia: distanciamento ou aproximação entre os indivíduos.
Hataraku Saibou Black aborda as dificuldades de um ambiente de trabalho hostil, mas não só! Nesta publicação vamos pensar sobre o tema da meritocracia e como ela foi utilizada neste anime.
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Appare-Ranman! – Análise
Um dos animes que me fez companhia durante o ano passado foi Appare Ranman!, cuja produção, tal como a de outros animes de 2020, foi marcada pela pandemia de COVID-19, resultando numa interrupção entre 17 de Abril e 24 de Julho. Uma produção original do estúdio P.A. Works, Appare Ranman! leva-nos numa aventura que começa no Japão, atravessando a América do Norte numa corrida de carros como nunca antes vista. Os nossos protagonistas são Sorano Appare, um jovem excêntrico e introvertido inventor, e Isshiki Kosame, um samurai encarregado de garantir que Appare não cause danos na propriedade de um rico mercador local. Ignorando os conselhos de Kosame, Appare segue as…
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Little Witch Academia (TV) – Análise
Eu tenho uma história atribulada com o estúdio Trigger que surgiu em parte devido à igualmente atribulada relação que tive com o seu parente Gainax. Começando por considerar que os seus animes eram “só para inglês ver” e as suas histórias “repletas de personagens cliché e tropes demasiado recalcados”, o que associado à sua tendência para utilizar a rule of cool faziam com que eu não conseguisse levar os animes a sério. Talvez não ajudou o facto de o primeiro anime da Trigger que eu vi ter sido Kill la Kill (um anime que mesmo entre os fãs foi difícil de reconciliar por diversos motivos, entre os quais nudez e…
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CGI em anime – alvo de preconceito?
Quando pensam sobre os vossos momentos de animação favoritos, o que vos vem à cabeça? Talvez filmes da Disney ou da Ghibli, que fizeram parte da infância de muitos de nós, ou séries de desenhos animados que passavam na televisão onde era indiferente se era japonês,francês ou italiano (estes países não são ao calhas, ficariam surpreendidos com quantas franquias da nossa infância se originaram nestes países); ou talvez pensem em algum anime ou série mais recente. Aposto que o que pensaram poderia ser considerado “animação tradicional” e não necessariamente imagens produzidas em computador (ou computer generated images, CGI) que agora parecem dominar não só o grande como o pequeno ecrã,…
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Promare – Análise
Um dos animes que marcaram 2019 para mim foi Promare, não só por ter acompanhado online a produção desde que foi anunciado em 2017; mas também porque, na minha opinião, marca um grande passo em frente na incorporação de animação 2D e 3D da parte do estúdio Trigger. O filme retrata um mundo em que grande parte da população foi dizimada como consequência do aparecimento de um novo tipo de humanos capazes de controlar chamas. Esses humanos, denominados de Burnish, tornaram-se rapidamente alvo de discriminação e perseguição. Como forma de combater não só os Burnish, mas também os incêndios que estes causam, um novo tipo de força de bombeiros foi…
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Nami yo Kiitekure – Análise
Baseado num mangá com o mesmo nome, Nami yo Kiitekure teve uma adaptação para anime na temporada de primavera de 2020. A narrativa introduz um pouco do que é a produção de rádio, tendo-me cativado pelo cenário profissional envolvendo adultos no mercado de trabalho; algo que nem sempre vemos representado em anime, onde a norma costuma ser explorar este tipo de interesses utilizando clubes escolares. Ao longo da narrativa acompanhamos Koda Minare, uma empregada de restaurante, que após uma série de eventos insólitos encontra uma oportunidade de começar o seu próprio programa de rádio. Apesar do cenário mundano, o carisma de todas as personagens, a animação e produção de som…
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Dorohedoro – Análise
Como preparação para a adaptação para anime que atingiu o pequeno ecrã na temporada de inverno de 2020, decidi ler o mangá de Dorohedoro, que se tornou rapidamente num dos meus mangás favoritos. Quer pelo cenário ambicioso e moralmente ambíguo, personagens carismáticas ou art style muito detalhado, Dorohedoro cativou-me bastante, criando um cantinho especial para si no meu catálogo de arte com o seu apelo. Isto vem com a desvantagem que Dorohedoro não será para todos, o que é apenas reforçado pela profusão de nudez e ainda maior quantidade de gore bastante gráfico, que não recomendaria, de todo, para os mais sensíveis. Apesar de ter também críticas e elogios a…
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Top wo Nerae! Gunbuster – Análise
Top wo Nerae! Gunbuster (ou Aim for the Top! em inglês) é um dos títulos mais icónicos de anime dos anos 80, seja pela sua influência em produções posteriores ou pela qualidade da animação. Para quem gosta de mecha, ficção científica ou clássicos da animação japonesa, este é um dos animes que é obrigatório ver. Gunbuster é um hard sci-fi produzido pelo estúdio GAINAX que esteve no ar entre 1988 e 1989 e, apesar de ser um sólido representante do seu género, foi o palco de diversas novidades. Para além de pertencer à lista dos primeiros animes a serem produzidos diretamente para vídeo (OVA), uma das suas estreias mais relevantes…